Por Barbara Grillo
Quinto episódio
Neste quinto episódio do Imersiva, Kely Nobre, mestre em Sociologia pela UnB, conversa conosco sobre seu trabalho com a população de Piquiá, em Açailândia, no Maranhão.
Em um bairro tomado pela indústria de exploração de minério de ferro, Kely realizou um estudo qualitativo em diversas camadas: análises documentais, entrevistas semi estruturadas e um trabalho de campo – que a encontrou de “carne e osso”.
Breve introdução ao projeto
O Imersiva é o novo podcast de divulgação científica do Labemus. Preocupado em explorar o “como fazer” das Ciências Humanas e Sociais, o podcast se direciona a estudantes e a pesquisadoras, bem como ao público em geral.
Para as cientistas, o “como fazer” pode estar relacionado àquilo que somos ensinadas nas aulas de métodos da graduação e da pós-graduação, além de nossas próprias experiências de pesquisa. Levando isso em consideração, ao recolher relatos de pesquisas sociais bem sucedidas, o Imersiva busca estender repertórios de referência. Para isso, na primeira temporada, iremos entrevistar recém mestras e doutoras cujos métodos de pesquisa se basearam em técnicas de análise documental ou de acervo, as etnografias multi situadas, as entrevistas em profundidade, etc. A ideia é que todas possamos beber dessa água, mesmo que como mera inspiração. Isso porque entendemos que a escuta de experiências de outras pesquisadoras pode ter um papel importante no desenvolvimento de novos projetos.
Entretanto, quando falamos do interesse do público em geral, esse está associado a dois fatores. De um lado, há uma diversidade de segmentos sociais interessados em entender as discussões travadas por cientistas humanos e sociais. Por outro lado, ainda surgem dúvidas relativas, até mesmo, à “validade” dessas ciências. Por isso, o crescente número de projetos de extensão e divulgação científica tornam-se centrais. Nesse sentido, o Imersiva também se engaja em publicizar esforços metodológicos a esse público, sejam qualitativos ou quantitativos. Tal interlocução pode ser importante para um melhor diálogo entre a universidade e diversos outros segmentos, como, por exemplo, a mídia, o Estado e a indústria. Para isso, damos especial atenção à dimensão comunicativa, costurando novas formas de diálogo, a fim de evidenciarmos o papel de destaque que as Ciências Humanas e Sociais desempenham em nossas vidas.
A imagem utilizada neste post é de autoria de Marcelo Cruz (Jornal Brasil de Fato)
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