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Theodor W. Adorno, o novo radicalismo de direita e a atualidade da Teoria Crítica, por Bruna Della Torre

Por Bruna Della Torre

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Quem não vê nada na sua frente ou não quer transformar a base social, não tem escolha senão dizer como Wotan de Richard Wagner: Você sabe o que quer Wotan? O fim – ele quer o declínio advindo de sua própria situação social, só que não o declínio de seu próprio grupo, mas, se possível, o declínio do todo.

Theodor W. Adorno, “Aspectos do novo radicalismo de direita”

Em 1967, Adorno ministrou uma palestra na Universidade de Viena a convite da Liga dos Estudantes Socialistas cujo tema era: “aspectos do novo radicalismo de direita”. Não à toa, essa palestra, publicada em 2019 na Alemanha, alcançou as estantes de best-sellers das maiores livrarias do país; muitos de seus temas ainda são os nossos.

Naquele período, movimentos de extrema-direita ressuscitavam em toda a Europa, a Alemanha vivia uma nova onda de antissemitismo, o Partido Nacional Democrata, fundado em 1964, havia conseguido eleger representantes para diversos parlamentos regionais entre 1966 e 1968. Adorno alertava que a maior ameaça não vinha dos movimentos assumidamente antidemocráticos, mas daqueles que, no interior da própria democracia, visavam solapar as suas bases: “Os movimentos fascistas podem ser descritos como a ferida, a cicatriz de uma democracia, a qual até hoje não alcançou, não esteve completamente à altura de seu próprio conceito” (Adorno, 2019: 18). As pesquisas sobre o preconceito realizadas nos Estados Unidos durante o exílio, que resultaram no livro A personalidade autoritária, confirmaram a tese da Escola de Frankfurt de que toda democracia possui a sua “franja lunática”, isto é, um “sedimento de pessoas eternamente não-ensináveis” (Adorno, 2019: 17). Isso ocorreria, segundo Adorno, porque a democracia permaneceu algo formal e não se concretizou em lugar algum até hoje. Assim como foram aparecendo movimentos antissemitas desde a década de 80 do século XIX, vira e mexe surgem grupos racistas e anticomunistas que se mostram quase a priori como radicais de direita, mas que contêm algo de “fantasma de um fantasma” – precisamente porque são o sintoma de um processo social que está bloqueado. Isso não significa, no caso de Adorno, igualar fascismo e liberalismo, mas serve para refletirmos sobre como o primeiro alimenta-se das contradições do último. Essa palestra consiste na tentativa de analisar algumas das determinantes desse bloqueio, bem como os meios e métodos dos movimentos antidemocráticos que surgiam.

A extrema-direita fomentava mais uma vez o nacionalismo. A paixão pela comunidade nacional já era traço marcante do nazi-fascismo. O contexto no qual falava Adorno, no entanto, não era mais esse, mas aquele da Guerra Fria, da divisão do mundo entre dois grandes blocos de poder e da criação do Mercado Comum Europeu, com a fundação da Comunidade Econômica Europeia em 1957. Adorno reflete sobre a forma que o nacionalismo assume nesse contexto, no qual a nação passa a ser limitada em sua liberdade de movimento, seja pela integração num desses grandes blocos, seja pela sua integração econômica. Mas, ao invés dessas transformações tornarem obsoleto o conceito de nação, diz Adorno, é justamente quando perdem a base objetiva, que algumas ideologias assumem seu caráter mais demoníaco e se tornam mais fortes e influentes. Por isso, seria necessário exagerar essa ideia duvidosa para convencer a si mesmo e aos outros de sua validade, bem como associá-la a uma reparação por uma perda que é identificada como a fonte de todos os problemas sociais. Adorno fala ainda sobre um “complexo de unidade” que estaria na base desses movimentos, ao menos na Alemanha, ligado à angústia histórica alemã de vivenciar sua identidade nacional. Um dos estratagemas dos novos movimentos de direita, afirma Adorno, consiste na monopolização da palavra “alemão” [Deutsch] que nada mais é do que uma restrição do conteúdo simbólico que identifica a nação e esses movimentos. Atualmente, o lema do Brexit – take back control – pode ser lido à luz dessas considerações, assim como a onda patriótica que tem tomado de assalto uma série de países. Vale lembrar, no nosso caso, o que se tornou a bandeira do Brasil.

A ideia fascista de nação, conforme as análises da Escola de Frankfurt já haviam mostrado na década de 1940, dependem de um “inimigo” e nesse aspecto o novo radicalismo de direita, segundo Adorno, se assemelharia ao velho, projetando no “comunismo” o seu grande oponente – criando, assim, uma imago comunista. Adorno faz uma afirmação muito estranha nesse contexto. Ele diz que, no período de Weimar, o Partido Comunista era uma ameaça real, forte e importante politicamente, mas que hoje não existe mais partido comunista na Alemanha e a ideia de comunismo se tornou abstrata. Na época, a ideia era absurda devido à existência da Alemanha oriental comunista e mostra a dificuldade que Adorno tinha em tratar dessa questão a ponto de negar a sua própria existência. Atualmente, no entanto, essa ideia torna-se interessante, quando a relação dos movimentos de extrema-direita na Alemanha, no Brasil e nos EUA, por exemplo, com o comunismo, é completamente projetiva, delirante e, no entanto, talvez ainda mais demoníaca e nociva, assim como o nacionalismo. De qualquer forma, as reflexões de Adorno servem para pensar a interdependência desses dois fenômenos e a sua manutenção transformada nas sociedades democráticas, o que nos mostra como a permanência dessas questões nos movimentos atuais não podem ser consideradas secundárias ou até mesmo residuais.

Um outro problema para o qual Adorno chama a atenção está ligado à base social desses movimentos.

De um lado, trata-se de uma conjuntura político-econômica que cria as condições sociais para a sua proliferação. Os estudos realizados pelo Instituto nas décadas de 1950 e 1960 – dentre eles o “experimento de grupo” – mostravam que existiam setores mais hostis à democracia que outros, como o setor agrário, por exemplo – a oposição entre a província e a cidade grande é elemento central nesse contexto. Adorno chama a atenção para o problema da concentração de capital – uma questão que acompanhou a Escola de Frankfurt nas suas múltiplas tentativas de compreender o fascismo e que teve um de seus momentos marcantes no debate sobre capitalismo monopolista realizado na Universidade de Columbia na década de 1940 e do qual participaram Franz Neumann, Friedrich Pollock, Max Horkheimer e Herbert Marcuse. O que está em questão são as consequências subjetivas disso, que servem para pensar a situação de parte das “classes médias” em muitos lugares até hoje. Trata-se do fenômeno da desclassificação [Deklassierung], que possui um duplo sentido: pode tratar-se tanto de uma queda de classe, quanto de uma queda de status. No caso do qual trata Adorno, há uma dissonância entre esses dois elementos. Segundo ele, essa concentração de capital impõe a ameaça permanente de desclassificação de camadas cuja consciência subjetiva de classe estaria ligada aos privilégios e status social da burguesia, ou seja, quanto maior a concentração de capital, maior a probabilidade de as classes médias serem empurradas para baixo. Nesse momento, Adorno já dialogava com a virada ordoliberal alemã. O que hoje aparece nas análises políticas como “ressentimento” tem a ver justamente com esse descompasso entre a posição objetiva no processo social e à “consciência subjetiva de classe” – note-se como Adorno usa um termo incomum no marxismo, pois consciência de classe é normalmente referida como uma identidade coletiva. Por isso, diz Adorno, a fúria fascista irrompe de maneira privilegiada no setor cultural, que costuma ser um alvo direto da reação, uma vez que, embora tenha sofrido uma queda na sua posição objetiva, esse setor médio permanece subjetivamente ligado a um status superior. A reação de parte das classes médias brasileiras com o acesso dos mais pobres às universidades, aeroportos, cinemas, restaurantes, etc. também pode ser lida nessa chave, por exemplo.

Esses grupos tendem ainda a apresentar um ódio exacerbado do socialismo na medida em que responsabilizam aqueles que criticavam o sistema no qual possuíam status por sua desclassificação. Soma-se a isso a opção dos partidos de esquerda, afirma Adorno, por uma política econômica keynesiana. O abandono de um projeto revolucionário de transformação da sociedade pelo SPD cumpriu, nessa lógica, um importante papel na criação desse ódio ao socialismo, bem como a incapacidade de responder à ameaça do desemprego tecnológico. A falha da esquerda em responder como a vida social será viável à ocasião de uma grande crise promoveria um sentimento de catástrofe social que alimenta esses movimentos. Tudo se passa, afirma Adorno, como se a direita promovesse uma distorção da tese marxiana do colapso. A extrema direita, nesse sentido, se alimenta e simultaneamente engendra esse medo da catástrofe ligado não só às condições objetivas (como a queda de classe, o medo da crise econômica e do desemprego tecnológico), mas do “desejo inconsciente de desastre” (Adorno, 2019: 20) para o qual esses movimentos apelam no âmbito psíquico, daí sua vocação “Wotânica” que assistimos atualmente ligada às catástrofes políticas, econômicas e ecológicas em curso.

Por outro lado, a questão, para Adorno, é que diferente da Itália, a redemocratização na Alemanha não fora efetiva e a identificação com o sistema nazista não fora completamente destruída – a análise crítica da sobrevivência de identificações com governos ditatoriais serve também para pensar nosso próprio contexto no Brasil. Os estudos supracitados, embora mostrassem setores mais refratários à democracia que outros, indicaram, ao mesmo tempo, que os apoiadores do fascismo permaneciam espalhados por toda a população, isto é, por todas as classes sociais, diferente de movimentos populistas em outros lugares, como era o caso dos pujadistas, na França.

Trata-se, assim, de um conjunto de condições materiais e políticas que criam as condições subjetivas para a penetração desses movimentos de extrema-direita no corpo social. Mas ainda falta um elemento importante na análise dos “aspectos” do radicalismo de direita: a sua propaganda – quiçá o núcleo de maior atualidade da palestra de Adorno.

Em seus escritos sobre a propaganda fascista, Adorno destaca em diversos momentos a ideia de que o fascismo é “irracionalidade racionalmente aplicada”, resultado de uma combinação entre meios racionais e objetivos irracionais. Nessa palestra, ele discute como a característica de maior destaque nesses movimentos é o domínio completo sobre os meios propagandísticos – ao qual se soma o caráter abstruso dos propósitos aos quais eles servem. Não é fortuito, diz Adorno, que os líderes nazistas como Hitler e Goebbels tenham sido, antes de tudo, publicitários. Nos escritos da Escola de Frankfurt, uma das preocupações principais tinha a ver com a perfectibilidade dos meios técnicos, que por sua vez, se autonomizavam em relação aos objetivos sociais, ou melhor, tratava-se da subsunção da técnica ao capital – também no âmbito da cultura. Vale lembrar o uso que o nacional socialismo havia feito do rádio e do cinema para ganhar apoio popular. É justamente por causa desse domínio da técnica, diz Adorno, que as diferenças entre os interesses reais envolvidos na propaganda da extrema-direita e os falsos objetivos espelhados por esses movimentos desaparecem. A forma passa a ser assim a substância da própria coisa e a propaganda por si só acaba maquiando a política. Basta pensar como as “fake news” que elegeram líderes de direita no mundo todo parecem mera informação, meros memes, recorrendo na maior parte das vezes a um humor que faz desaparecer as intenções políticas daquilo que está sendo consumido. Vale lembrar também a dificuldade de “desmontar” todo o aparato técnico das redes sociais da qual se apossou a extrema-direita.

Adorno também chama a atenção para a difusão de ideias e comportamentos antidemocráticos por meio do efeito bandwagon da propaganda desses movimentos. Este fenômeno descreve como a taxa de aceitação de crenças e ideias aumenta quanto mais elas já foram adotadas por outrem, ou seja: quanto mais pessoas passam a acreditar em algo, mais chances outras têm também de “adentrar o vagão”, independentemente da evidência das ideias e fatos sustentados. Esse efeito, segundo Adorno, substitui o que antes era designado pelo conceito de “organização”, de forma que a indústria cultural, considerada num sentido amplo, pode vir a ocupar as funções que antes ficavam a cargo de um partido de massas. A organização “espontânea”, horizontal é ainda mais ideológica pois confere àqueles que aderem aos movimentos uma sensação de agência no âmbito da participação política.

Mas o que é disseminado por essa propaganda? Adorno propõe pensar o nazismo como uma espécie de práxis sem conceito [begriffslose Praxis], ou seja, como algo que no fundo é vazio, o que concede extrema flexibilidade a esses movimentos. A propaganda fascista consiste menos em disseminar uma ideologia específica do que numa técnica de psicologia de massa: ela se alimenta da personalidade autoritária espraiada pelo corpo social, apelando ao desejo do desastre, à superstição e às teorias conspiratórias. Os radicais de direita tocam em pontos nevrálgicos desse tipo de personalidade; pontos esses que variam histórica e geograficamente. A propaganda autoritária não só atinge, mas ao mesmo tempo fomenta e aprofunda essa personalidade. Apelos éticos não funcionam contra ela. Por isso, seria importante atentar para o modo como ela funciona e menos para a análise de cada um de seus conteúdos, conforme têm feito alguns analistas. Um outro expediente mobilizado por esses movimentos, nesse sentido, é o “método salame”: retirada de um pedaço de um todo complexo que visa descontextualizar e desmentir uma ideia. O exemplo fornecido por Adorno tem a ver com a contestação do número de mortos pelo holocausto: “não foram seis milhões, mas cinco e meio” – isso começa a colocar em xeque a veracidade do que é dito – até o ponto que a ideia está tão descreditada que passa a ser considerada uma mentira.

As pesquisas sobre o autoritarismo nos Estados Unidos, referência constante da palestra, mostraram como o repertório dessa propaganda é pobre, composto de truques estúpidos e padronizados sempre repetidos. Adorno retoma vários de seus temas e argumenta que movimentos recorrem ao concreto, dados e números aos quais as pessoas não têm como responder, bem como mentem deliberadamente recorrendo a expedientes como esse: “O que? Isso toda criança sabe! E você não sabe que em sua época o rabino Nussbaum exigiu que todos os alemães deviam ser castrados?” Adorno inventa esse exemplo. A referência aqui é provavelmente Max Nussbaum, rabino que defendeu uma tese sobre Max Adler e a relação entre kantismo e marxismo na década de 1930 na Alemanha. Adorno destaca como o caráter absurdo da propaganda de extrema-direita é parte inerente de seu funcionamento – trata-se da técnica hitlerista das “mentiras capengas”, na qual a veracidade depende muito menos de seu caráter factual e muito mais do recurso à autoridade. Esses movimentos, diz Adorno, num contexto pós-nazismo, conseguem produzir efeito ainda mais nefasto do que o ataque à democracia, pois eles são capazes de se reivindicar como os verdadeiros democráticos.

Por isso, sublinha Adorno, “seria uma falta completa de visão política se se acreditasse que [esses movimentos] foram fracassados, ou não tiveram sucesso” (Adorno, 2019: 23). Sua falta de teoria e nível espiritual rebaixado, diz ele, não deve ser uma razão para subestimar esses grupos. Seria preciso estudar no que consiste essa direita, como opera a sua psicologia, como funcionam esses movimentos, como eles penetram no corpo social, qual é o tipo de personalidade que atingem, a que apelam, etc. Não se trata de dizer, todavia, que esse problema seja meramente psicológico ou ideológico. Seu caráter principal é eminentemente político, mas uma política que utiliza a psicologia como instrumento de dominação.

Essa palestra mostra uma face pouco conhecida de Adorno, a do intelectual público cuja intervenção no debate da redemocratização alemã foi fundamental. Até mesmo a sua forma difere do restante da obra de Adorno: tem a fluidez da fala e até certo ponto um caráter de improviso, bem como contém também algumas sugestões de ordem mais imediata. Adorno defende a importância de combater esses movimentos com a verdade e com a razão, sem cair na armadilha de lutar com os mesmos expedientes que eles e sugere ainda que precisamos arrumar uma forma de deixar claro para as pessoas que essa política as engana e as leva à ruína e que essa ruína estava planejada desde o início. Combater o culto da ordem e da disciplina, bem como a fetichização do militarismo seriam tarefas importantes, diz ele, na contenção desses movimentos. Seria preciso também – segundo suas reflexões – construir uma política global [Weltpolitik] que possa oferecer uma barreira contra o radicalismo de direita. É necessário evitar o risco de uma vitória desses movimentos em países poderosos, adverte Adorno, para que o fenômeno não possa ganhar força no âmbito internacional.

Há de se combater ainda, seguindo o raciocínio adorniano, o problema da identificação com o real, promovido cada dia mais pela indústria cultural. Hoje em dia, essa advertência não poderia ser mais urgente. Além de fomentarem a ideologia de que esses movimentos são espontâneos e acomodam uma parcela da população normalmente desprezada pela política, a indústria cultural – e as redes sociais são centrais aqui – colaboram para um dos maiores interditos do presente, o que Adorno chama em sua palestra de Denkverbot, o interdito do pensamento.

Por fim, esse exercício de Adorno pode servir de guia para uma atualização da Teoria Crítica diante dos desafios do presente, na medida em que, mais do que construir uma análise esquemática da extrema-direita, propõe uma agenda de pesquisa do fenômeno como um todo, salientando como os estudos sobre a personalidade autoritária devem ser sempre repetidos com intervalos e reunidos com uma série de outras considerações e pesquisas a respeito da propaganda, da fisionomia das classes sociais, da política internacional, etc. Por muito tempo, a teoria crítica da Escola de Frankfurt, especialmente na sociologia, carregou a pecha de uma teoria elitista da cultura, europeia e afastada das questões e métodos típicos das ciências sociais. Agora, seus estudos sobre a Personalidade Autoritária são passagem obrigatória para qualquer cientista social que deseje compreender politicamente o presente. Essa conferência sobre o novo radicalismo de direita é mais uma evidência de que, ao contrário do que parecia, o tempo da Escola de Frankfurt ainda não passou.

Referências:

ADORNO, Theodor W. Aspekte des neuen Rechtsradikalismus. Berlin: Suhrkamp, 2019.

 

Para citar este post: DELLA TORRE, Bruna. Theodor W. Adorno, o novo radicalismo de direita e a atualidade da Teoria Crítica. Blog do Sociofilo, 2020.  [publicado em 10 de setembro de 2020]. Disponível em:  https://blogdolabemus.com/2020/09/10/theodor-w-adorno-o-novo-radicalismo-de-direita-e-a-atualidade-da-teoria-critica-por-bruna-della-torre/

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