
Por Bruna Della Torre
Conforme dizia Thomas Mann, “todo caminho que trilhamos pela primeira vez é muito mais longo do que o mesmo caminho quando já o conhecemos.”[1] Talvez aí resida a alegria, mas também o medo de descobrirmos novas veredas. Quando iniciamos nossos estudos nas ciências sociais, sempre procuramos seguir a ordem “correta” das coisas, das leituras, traçar estratégias de pesquisa, de carreira e quase sempre nos deparamos com um vazio imenso, pois essa receita do caminho linear e sem percalços não pode ser encontrada em lugar algum. Por quais textos se deve começar a estudar teoria crítica, por exemplo? Qual é o melhor caminho possível?
O Blog do Sociofilo teve a excelente iniciativa de propor uma série de leituras elementares. Seguindo a sugestão de pensar o que eu gostaria de ter lido quando comecei a estudar e que textos teriam me permitido saber melhor do que se trata a teoria crítica da Escola de Frankfurt, apresento abaixo algumas considerações sobre a teoria crítica, seguidas da apresentação de algumas das linhas de pesquisas abarcadas por ela e sugestões de leitura.
Antes de entrarmos nessas questões, no entanto, gostaria de lembrar um curso de “Introdução à sociologia” que Theodor W. Adorno ministrou no final da vida. Na primeira aula, ele cita o verso de Goethe: “o muar procura o seu caminho em meio ao nevoeiro”. Para Adorno, o percurso das ciências sociais possui justamente esse espírito de procurar uma via num lugar em que ainda não se enxerga direito todas as direções. Trata-se sobretudo, para quem se dispuser a enfrentar os desafios, de uma experiência que pode ser profundamente formativa. A teoria crítica não prepara ninguém para ser apenas “sociólogas”, “cientistas políticos” ou “críticos literários” no sentido de técnicos que dominam todos os artifícios metodológicos de sua profissão, mas intelectuais que saibam entregar-se com prazer a esses caminhos inauditos. Por isso, gostaria de começar com uma nota de cunho mais pessoal.
Quando nos deparamos com os autores da teoria crítica, Adorno, Herbert Marcuse, Walter Benjamin, por exemplo, encontramos uma série de dificuldades. Em primeiro lugar, eles escrevem em alemão ou inglês e suas obras não foram completamente traduzidas para o português. Além disso, esses autores possuem uma formação que não é mais acessível a nós no século XXI: mobilizam a filosofia, as artes (música, pintura, literatura, etc.), a sociologia, a psicanálise, a economia, etc. Isto é, para apreendê-los em seu todo, precisamos dominar várias áreas do saber e nos sentimos sempre atrasados com tudo. A língua e a erudição são barreiras que parecem difíceis de ser transpostas. Além disso, a própria linguagem que esses autores utilizam exige demais, pois é elíptica, dialética, complexa e por vezes pode parecer obscura. Por essas e outras razões, a teoria crítica tende a apresentar-se de forma intimidadora. A primeira coisa que eu gostaria de ter sabido quando comecei a estudar teoria crítica – menos do que uma lista de leituras específicas, embora isso ajude e muito! – é a de que o caminho a percorrer será aquele que construiremos para nós e que nenhuma dessas barreiras, seja a língua, seja a interdisciplinaridade, seja a erudição, é intransponível. É preciso começar pelo que se tem disponível e ir batalhando para ler o espanhol, o inglês, o francês e idealmente o alemão para acessar tudo o que foi produzido. E, embora atualmente seja impossível escapar à alguma especialização profissional em certa área, pode-se ir aos poucos conhecendo as disciplinas vizinhas, familiarizar-se com o seu vocabulário e compreender que essas dificuldades não serão transpostas em poucos meses e nem mesmo em poucos anos. Esse processo, se tudo der certo, não tem fim. Finalmente, gostaria de dizer a quem se depara pela primeira vez com a teoria crítica que não se detenha diante das primeiras dificuldades, nem das visões pré-concebidas e das antipatias que podem vir a surgir devido a experiências preliminares malsucedidas e que, finalmente, a aventura vale a pena – nada mais esperado do que sair transformado de uma teoria que se propõe ela própria também tão transformadora.
O que é teoria crítica?
Os termos “teoria crítica” e “Escola de Frankfurt” são utilizados com frequência como sinônimos, o que pode causar confusão quando estamos adentrando esse campo de pesquisa. Tanto um quanto o outro servem, na maioria das vezes, para designar um conjunto de pesquisadores, bem como de obras, ligados de maneira mais ou menos oficial, ao Instituto de Pesquisa Social, fundado em 1923 por Félix Weil, filho de um milionário da República de Weimar. Inspirado no Instituto Marx Engels em Moscou, o Instituto de Pesquisa Social surgiu com o objetivo de desenvolver o marxismo científico, isto é, um marxismo autônomo, não submetido às demandas de um partido específico. Sua fundação foi orientada teoricamente por autores como Georg Lukács, Karl Korsch, Ernst Bloch, entre outros. O Instituto teve, durante a década de 1920, um importante papel no estudo e conhecimento da classe trabalhadora alemã e na publicação dos manuscritos originais de Marx e Engels, mas assumiria a configuração que o tornou conhecido apenas com a promoção de Max Horkheimer a diretor em 1932.
Horkheimer publicou em 1937 um texto-manifesto chamado “Teoria tradicional e teoria crítica”, a partir do qual a noção de “Teoria Crítica” se difundiu. O termo Escola de Frankfurt se disseminou a partir da década de 1950 e 1960 na Alemanha, para onde o Instituto retornou após um período de exílio nos Estados Unidos (com passagens pela Dinamarca, Suíça, Paris e Londres) e tornou-se consagrado pelo livro de Wolf Wiggershaus publicado em 1985, A Escola de Frankfurt: História, desenvolvimento teórico e significação política (um bom livro para quem procura um panorama). O livro de Martin Jay, A imaginação dialética também é outro a oferecer um panorama importante, assim como o de Susan Buck-Morss, The origins of Negative Dialectics. Theodor W. Adorno, Walter Benjamin and the Frankfurt Institute[2]. Entre os membros e colaboradores do Instituto encontravam-se autores bastante diversos entre si. Além de Horkheimer, os membros e colaboradores mais conhecidos do Instituto foram: Erich Fromm, Friedrich Pollock, Leo Löwenthal, Karl Wittfogel, Franz Neumann, Herbert Marcuse, Theodor W. Adorno, Walter Benjamin, entre outros. Ao longo dos anos, o trabalho desses pesquisadores foi disseminado pela revista Zeitschrift für Sozialforschung ou Studies in Philosophy and Social Science (continuação da revista nos Estados Unidos). Um dos traços marcantes da teoria crítica é a necessidade de um espaço para o debate crítico, para o confronto entre as várias posições a respeito de um assunto.
O Instituto de Pesquisa Social foi ao longo de sua história ligado a diversas universidades, como a Goethe Universität em Frankfurt e a Columbia University em Nova Iorque, por exemplo, mas se definiu sempre por sua independência não só institucional, como disciplinar. Para que consigamos caminhar numa direção mais teórica da compreensão do que é a teoria crítica, seria necessário dizer algumas palavras sobre Marx. A obra marxiana é composta de dois grandes movimentos ora alternados, ora concomitantes: crítica do idealismo alemão e crítica da economia política. O esforço de Marx (e de Engels) de criticar o capitalismo produziu uma obra na qual o que hoje vieram a se tornar as disciplinas de filosofia, sociologia, economia, ciência política, entre outras, são mobilizadas para a compreensão da realidade. Tem-se assim um projeto de compreender a sociedade capitalista considerando as suas múltiplas determinações e um projeto concomitante de investigação e crítica dialética das ciências e da filosofia burguesas. O Instituto de Pesquisa Social, cujo objetivo era desenvolver cientificamente o marxismo, conforme exposto anteriormente, partilhava da mesma intenção multidisciplinar dessa teoria com consciência histórica, que se pensava ela própria e as suas práticas de maneira crítica. Nesse sentido, mais do que uma teoria uniforme e coesa, é possível dizer que a teoria crítica ou a Escola de Frankfurt foi um experimento de pesquisa e de reflexão coletiva sem precedentes, cujo elemento principal consistiu numa independência disciplinar e institucional radical. Por isso, a primeira coisa que alguém que busca iniciar seus estudos em teoria crítica deve saber é que, para seguir nessa área, é preciso estar disposta a suportar uma espécie de “desterro disciplinar”, pois não se estará em casa em lugar nenhum, embora seja possível afirmar, é verdade, que se pode ao mesmo tempo instalar-se em qualquer uma das áreas das humanidades. A teoria crítica, longe de ser apenas uma “filosofia”, como quer parte de sua recepção no Brasil, poderia, considerada a sua produção, abrigar-se nas letras, na sociologia, na ciência política, na economia, na história, na antropologia, na psicologia, etc. – como de fato o fez. No entanto, esse exercício de inter ou multidisciplinaridade é duplo: se necessita, de um lado, atravessar fronteiras disciplinares, precisa também, nesse movimento, reconhecer os limites de cada abordagem disciplinar específica.
Apesar das largas ambições descritas acima, a intenção da teoria crítica não é abarcar o todo, apreendê-lo com o pensamento e descrevê-lo, mas decompô-lo em sua opacidade, compreendê-lo em seu funcionamento e, como sugeriu Adorno, “adentrá-lo em suas pequenas partes, desagregar em pequenas porções a massa do meramente existente” (Adorno, 2018: 455). Seguindo essa ideia, vale lembrar também que o que guia esse projeto crítico de compreensão dos múltiplos aspectos da realidade, seria ainda um outro elemento que Horkheimer procurava em seus colaboradores: “a vista do existente aguçada pelo ódio”[3]. Em outras palavras, a teoria crítica, além de propor um exercício interdisciplinar, também não se pretende neutra. Ela tira a sua força da negação da realidade tal qual ela se apresenta, sem com isso perder a sua objetividade científica.
Até agora vimos um pouco das bases e da história do Instituto de Pesquisa Social, mas a pergunta “o que é teoria crítica” ainda não foi plenamente respondida.
Passamos, assim, a um segundo ponto elementar: a sua recusa sistemática de trabalhar com definições fechadas, seja de si própria, seja de seus conceitos. No limite, para compreender o projeto da teoria crítica seria preciso percorrer todos os seus momentos, desde Marx. Uma definição provisória e mais geral poderia ser a seguinte: a teoria crítica investiga as formas de objetividade social que modelam a existência das pessoas. Nesse sentido, trata-se de um alargamento do projeto de crítica da economia política, de seu aprofundamento na investigação da sociedade capitalista ou, em outras palavras, de uma investigação das formas sociais que compõem o todo da sociedade e de como essas formas sociais a partir das quais nos configuramos e vivemos nos dominam em uma série de instâncias. Uma das novidades mais importantes da teoria crítica, em relação ao marxismo daquele período, por exemplo, é a análise de como essas formas de objetividade social constituem também a base da subjetividade sob o capitalismo. Para isso, diversos de seus autores recorreram – cada um a seu modo – à psicanálise, especialmente à de Sigmund Freud. Esse tipo de análise pode se debruçar sobre os mais variados objetos: a arte, o Estado, a economia, a vida cotidiana, o fascismo, etc. Por isso, ao invés de apresentar a vocês conceitos – cuja definições na teoria crítica são sempre instáveis e provisórias, pois visam acompanhar o objeto em seu movimento contraditório – apresento a seguir algumas linhas de pesquisa desenvolvidas pela Escola de Frankfurt, para que se possa ter uma ideia mais geral de como esse projeto comum se desdobrou em elementos variados.
Antes de passar ao próximo item, no entanto, seria importante dizer uma última palavra a respeito da situação atual da teoria crítica da Escola de Frankfurt. Embora os autores mencionados acima já tenham falecido há algumas décadas, o Instituto de Pesquisa Social continua funcionando até hoje, em Frankfurt. Quando Horkheimer se aposentou, o Instituto ficou nas mãos de Adorno e de Jürgen Habermas. Habermas teve uma grande influência na re-interpretação da teoria crítica nas décadas de 1980 para cá, com livros importantes como O Discurso Filosófico da Modernidade e com a Teoria do agir comunicativo. O Instituto produziu desde então autores importantes como Axel Honneth e, mais recentemente, Rahel Jaeggi, que fundou um novo Instituto de teoria crítica na universidade Humboldt, em Berlim. São esses os representantes institucionais da teoria crítica atual. Duas interpretações concorrem, no entanto, no entendimento do que é a teoria crítica hoje. Autores como Wolf Wiggershaus, por exemplo, consideram a produção teórica de Habermas e seu projeto como uma continuação da teoria crítica. Autores como Fredric Jameson, por outro lado, enxergam em Habermas e na tradição subsequente uma ruptura com o projeto inicial do Instituto. Eu me filio a essa segunda vertente de interpretação e, por isso, gostaria de dizer algumas palavras sobre o que considero, então, a continuidade desse projeto. É claro que fora do exercício “disciplinar” do Instituto não se formou um grupo tão coeso que pudesse ser considerado uma segunda Escola de Frankfurt, mas alguns autores podem ser pensados como herdeiros de ao menos de alguns aspectos desse projeto.
Na Alemanha, dois grupos relativamente independentes da universidade se destacam[4]: a Neue Marx Lektüre, com Hans-George Backhaus (ex-aluno de Adorno), Helmut Reichelt e Michael Heinrich, que buscaram e têm buscado suprir a lacuna na interpretação da obra de Marx deixada pela teoria crítica, mas são devedores da interpretação sociológica que a Escola de Frankfurt fez da teoria marxiana do valor; e o chamado grupo Krisis composto por Robert Kurz, Roswitha Scholz, Norbert Tremkle e Anselm Jappe, que buscaram não só desenvolver a leitura de Marx, mas também fornecer novos diagnósticos do capitalismo que, claro, não são isentos de problemas.
Nos Estados Unidos, as obras de Moishe Postone também são bastante interessantes nesse sentido. Ainda lá, Fredric Jameson, além de um importante intérprete de Adorno, também buscou reatualizar a teoria crítica no âmbito da interpretação do pós-modernismo e do debate estético. No Brasil, seria importante mencionar as obras de Roberto Schwarz e de Gabriel Cohn (este último, além de continuador, é um excelente comentador da teoria crítica e seus ensaios são excelentes introduções). Muitos outros nomes poderiam ser acrescentados a essa lista, mas trata-se aqui apenas de chamar a atenção para outros desenvolvimentos do projeto, ainda que muitas vezes bastante diferentes entre si. Por fim, vale lembrar que a teoria crítica é uma teoria que pretende estar em dia com o presente histórico e que, portanto, continua sendo um projeto a ser atualizado e reatualizado constantemente.
Por onde começar? Algumas linhas de pesquisa da teoria crítica
A ideia de “por onde começar a estudar teoria crítica” impõe dois problemas. O primeiro tem a ver com a escassez de traduções das obras completas dos autores ligados à teoria crítica para o português. Isso obriga aquele que deseje estudar esse assunto a ler outras línguas. Obras importantes como a Teoria Estética de Adorno, o Behemoth de Neumann, a correspondência entre os membros do Instituto – vital para uma pesquisa do assunto – ainda não estão disponíveis para nós. Isso dificulta muito uma indicação cronológica de leituras.
O segundo problema diz respeito a uma questão inerente à própria teoria. Se definir a teoria crítica é tarefa ingrata – pois vai de encontro ao próprio caráter histórico e dinâmico dessa teoria –, escolher um lugar para começar também não é exercício dos mais exequíveis. Num excerto de seu livro Minima Moralia, Adorno afirma que “textos decentemente trabalhados são como teias de aranha: cerrados, concêntricos, transparentes, bem urdidos e firmes. Eles atraem para si tudo o que se aproxime” (Adorno, 2008: 83). Agora imaginem vocês o que ocorre se puxarmos um fio dessa teia. Como um emaranhado de lã, os textos da teoria crítica – na maioria das vezes apresentados sob a forma do ensaio – assim como seus conceitos, são conjuntos dialéticos (mais um elemento central na teoria crítica) e não se deixam sistematizar facilmente. Essa consideração não visa desencorajar ninguém, mas apenas alertar para o fato de que esse traço sempre estará presente e que, portanto, não há um lugar pelo qual se deve necessariamente começar. Isso vai variar com o interesse de pesquisa de cada um.
O texto-manifesto de Horkheimer mencionado anteriormente pode ser um bom ponto de partida, assim como seu artigo “A Presente Situação da Filosofia Social e as Tarefas de um Instituto de Pesquisas Sociais” (Revista praga, n. 7). Para compreender as bases da teoria crítica, recomendo também os livros Marxismo e filosofia, de Karl Korsch e História e consciência de classe, de Georg Lukács. Uma perspectiva mais aprofundada, mas também panorâmica do projeto da teoria crítica pode ser apreendida nos livros Dialética do esclarecimento: fragmentos filosóficos, de Adorno e Horkheimer, publicado em 1944 e O homem unidimensional: estudos sobre a sociedade industrial avançada, de Marcuse, publicado em 1964. Esses livros condensam de certa maneira os debates que ocorreram no Instituto desde seu surgimento e estão disponíveis em português.
A seguir sugiro, então, alguns outros textos tendo em vista linhas possíveis de pesquisa. Sugiro apenas os textos disponíveis em português ou inglês. Essas não são as únicas possíveis e nem as principais, mas uma seleção que faço a partir de minha própria trajetória e leitura da teoria crítica.
Cultura e estética
Talvez seja possível afirmar que a cultura e a estética ocuparam no século XX a mesma centralidade, ou quase a mesma, que a economia política havia ocupado na crítica marxista ao capitalismo no século XX. Foi nessa área que o marxismo deu talvez seus voos mais altos e produziu muitas de suas obras mais interessantes. A correspondência, indicada abaixo, entre Adorno e Benjamin encaixa-se na importante tradição de debate da literatura moderna (Goethe e Schiller, Stefan George e Hugo von Hoffmannsthal) e é de vital importância para a compreensão dos problemas estéticos com os quais se debateram os artistas e críticos no início do século XX. Os outros textos indicados, como a coletânea Prismas permite vislumbrar na prática do que se trataria uma crítica dialética da cultura em suas várias manifestações. O texto de Marcuse – inserido numa disputa com Adorno no interior do Instituto a respeito de como deveria se construir uma crítica da cultura – também é um marco importante desse debate. O texto de Adorno a respeito da sociologia da música adianta questões de um debate que dividiria a sociologia posteriormente: a análise sociológica deve ou não levar em conta aspectos formais das obras de arte? A resposta de Adorno, positiva, serve como uma espécie de crítica avant la lettre dos estudos de Bourdieu a respeito da arte.
ADORNO, Theodor W. Notas de literatura I. São Paulo: Duas Cidades/Ed. 34, 2008.
ADORNO, Theodor W. Prismas: crítica cultural e sociedade. São Paulo: Ática, 2001.
ADORNO, Theodor W. Filosofia da Nova Música. São Paulo: Perspectiva, 2011.
ADORNO, Theodor W. Introdução à sociologia da música. São Paulo: Editora Unesp, 2011.
ADORNO, Theodor W. Correspondência (Walter Benjamin), 1928-1940. São Paulo: Editora Unesp, 2012.
BENJAMIN, Walter. Magia e Técnica, Arte e Política: ensaios sobre literatura e história da cultura. São Paulo: Brasiliense, 1994.
BENJAMIN, Walter. Baudelaire e a modernidade. Belo Horizonte: Editora Autêntica, 2012.
MARCUSE, Herbert. “Sobre o caráter afirmativo da cultura”. In: Cultura e Sociedade. Vol. 1. São Paulo: Paz e Terra, 2006.
Teoria das classes sociais, Tecnologia e trabalho
Uma das teses mais polêmicas da teoria crítica é a de que o proletariado alemão, mas principalmente, norte-americano integrou-se ao establishment de modo a perder sua potência revolucionária. Devido a esse diagnóstico, os autores do Instituto de pesquisa Social foram acusados de abandonar o próprio conceito marxiano de classe e de luta de classes. Os textos indicados abaixo mostram como seu diagnóstico não consiste num mero abandono, mas de uma problematização do conceito e da análise de alguns eventos históricos não antevistos por Marx – como o fim do capitalismo liberal. Os textos a respeito dos temas do “trabalho” e da “tecnologia” também constituem um dos pontos mais importantes da teoria crítica, pois buscam retomar outro problema clássico do debate marxista: qual é a relação entre tecnologia e capitalismo? A tecnologia liberta as pessoas de seu fardo reprodutivo ou as subsume ainda mais às forças capitalistas? O problema da tecnologia é imanente a ela ou refere-se à sua função social?
ADORNO, Theodor W. “Capitalismo tardio ou sociedade industrial?”. Em: COHN, Gabriel (org.) Sociologia – Theodor W. Adorno (Coleção grandes cientistas sociais, vol. 54). São Paulo: Ática, 1986.
ADORNO, Theodor W. “Reflexões sobre a teoria de classes”. Revista Crítica Marxista, número 50, 2020. (no prelo – a revista será publicada em maio).
ADORNO, Theodor W. e HORKHEIMER, Max. “A indústria cultural como mistificação das massas”. Dialética do esclarecimento: fragmentos filosóficos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed, 2006.
HORKHEIMER, Max. “On the Sociology of Class Relations”. Archivzentrum der Universitätsbibliothek, Goethe-Universität Frankfurt, Signatur IX 16 [„Zur Soziologie der Klassenverhältnisse“. In: HORKHEIMER, Max. Gesammelte Schriften. Band 12: Nachgelassene Schriften 1931-1949. Frankfurt am Main, Fischer, 1985.
MARCUSE, Herbert. “Sobre os fundamentos filosóficos do conceito de trabalho da ciência econômica”. In: Cultura e Sociedade. Vol. 2. São Paulo: Paz e Terra, 1998.
MARCUSE, Herbert. “Algumas implicações sociais da tecnologia moderna”. In: KELLNER, Douglas. Tecnologia, Guerra e Fascismo: Coletânea de artigos de Herbert Marcuse. São Paulo: Editora Unesp, 1999.
SOHN-RETHEL, Alfred. Intellectual and Manual Labour: A critique of epistemology. Londres: The Macmillan Press LTD, 1978.[5]
Democracia e Fascismo
Houve um debate no Instituto de Pesquisa Social sobre a identificação de uma mudança no capitalismo liberal na direção de um capitalismo de configuração monopolista. Essa mudança vinha sendo identificada desde o final do século XIX por autores como Rudolf Hilferding e Vladimir Lênin. A Escola de Frankfurt organizou, na universidade de Columbia, uma série de debates sobre este assunto que resultou em textos como “Capitalismo de Estado: suas possibilidades e limitações”, de Friedrich Pollock. Parte desse debate apareceu na edição de 1941 da Studies in Philosophy and Social Science. É produto desse período uma controvérsia entre Friedrich Pollock e Franz Neumann sobre as mudanças do capitalismo liberal do século XIX e o tipo de capitalismo presente na Alemanha nazista – será que a Alemanha e a União Soviética poderiam ser igualmente consideradas como uma espécie de “capitalismo de Estado”? Qual é a relação entre Estado e sociedade numa formação social autoritária? Esse debate constituiu uma das bases sociológicas do livro Dialética do esclarecimento. O primeiro item abaixo, indica alguns dos textos que o compuseram.
Um dos pontos mais controversos da Teoria Crítica reside justamente nesta ideia de que uma das formas da dominação do capitalismo se dá sob a forma da auto-dominação. Isso é parte de seus esforços para compreender o modo como a contradição entre capital e trabalho – que entediam ainda ser o fundamento do capitalismo – não tinha a luta de classes como um resultado imediato. Ao contrário, a classe trabalhadora parecia agir cada vez mais contra os próprios interesses. Nos anos de 1930, as pesquisas do Instituto passaram a girar em torno da compreensão de elementos que consideravam regressivos na classe trabalhadora, que teria levado parte dessa classe a tomar o partido de Hitler. Fomentada por esse capitalismo pós-concorrencial, uma personalidade de cunho sadomasoquista teria surgido e, para entendê-la, recorreu-se nas pesquisas da Teoria Crítica a uma junção da psicanálise freudiana com as reflexões sobre o processo de reificação desenvolvido por Lukács na década de 1920. O segundo item apresenta vários textos que tratam da investigação do fascismo e inclui a parte traduzida de uma pesquisa coletiva realizada nas décadas de 1930 e 1940 que visava entender, a partir da análise das transformações da autoridade e família, as inclinações autoritárias de parte da classe trabalhadora. Participaram ativamente dessas pesquisas, principalmente, Horkheimer, Fromm e Marcuse.
Indico também os textos de Adorno, resultantes de um período de pesquisa sobre o preconceito realizado na década de 1950 nos Estados Unidos, bem como textos sobre a propaganda fascista, poder e violência. Dois traços importantes de serem ressaltados são: o pioneirismo da Escola de Frankfurt ao transformar o problema do antissemitismo num problema sociológico e a sua contribuição para os estudos sobre o autoritarismo no âmbito da investigação do processo de subjetivação e de suas contradições sob o capitalismo. Esse debate relativo às determinantes da ascensão da extrema-direita não poderia ser mais atual.
– Debate sobre o Estado Monopolista na década de 1940
MARCUSE, Herbert. “Estado e indivíduo sob o nacional socialismo”. In: KELLNER, Douglas. Tecnologia, Guerra e Fascismo: Coletânea de artigos de Herbert Marcuse. São Paulo: Editora Unesp, 1999.
POLLOCK, Friedrich. Crise e transformação estrutural do capitalismo: artigos na revista do Instituto de Pesquisa Social (1932-1941). FRECK, Amaro e CAUX, Luiz Philipe de. (orgs). Florianópolis: NEFIPO, 2019.
NEUMANN, Franz. Behemoth: the structure and prectice of national socialism. Chicago: Ivan R. Dee, 2009.
– Fascismo
ADORNO, Theodor W. “Antissemitismo e propaganda fascista”. In: Ensaios sobre psicologia social e psicanálise. São Paulo: Editora Unesp, 2011.
ADORNO, Theodor W. “Teoria freudiana e o padrão da propaganda fascista”. In: Ensaios sobre psicologia social e psicanálise. São Paulo: Editora Unesp, 2011.
ADORNO, Theodor W. Estudos sobre a personalidade autoritária. São Paulo: Editora Unesp, 2019.
BENJAMIN, Walter. “Sobre o conceito da história”. In: O anjo da história. Belo Horizonte: Editora Autêntica, 2012.
BENJAMIN, Walter. “Sobre a crítica do poder como violência”. In: O anjo da história. Belo Horizonte: Editora Autêntica, 2012.
BENJAMIN, Walter. “Teorias do fascismo alemão”. In: O anjo da história. Belo Horizonte: Editora Autêntica, 2012.
FROMM, Erich. (2017). Sobre o sentimento de Impotência. Dissonância: Revista De Teoria Crítica. In: https://www.ifch.unicamp.br/ojs/index.php/teoriacritica/article/view/2812 FROMM, Erich. O medo à liberdade. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1983.
HORKHEIMER, Max. “Autoridade e Família: Cultura, autoridade e família”. In: Teoria Crítica. Uma documentação. Tomo 1. São Paulo: Perspectiva, 2012.
LÖWENTHAL, Leo; GUTERMAN, Norbert. Prophets of deceit: a study of the techniques of the American agitator. New York: Harper and Brothers, 1949.
MARCUSE, Herbert. O destino histórico da democracia burguesa. Dissonância: Revista de teoria Crítica, v. 2, n. 1.2, 2018, pp. 42-76.
NEUMANN, Franz. “Angústia e Política”. Dissonância: Revista De Teoria Crítica. In: https://www.ifch.unicamp.br/ojs/index.php/teoriacritica/article/view/2813
Indústria cultural e a crítica da vida cotidiana
ADORNO, Theodor W. e HORKHEIMER, Max. “A indústria cultural como mistificação das massas”. Dialética do esclarecimento: fragmentos filosóficos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed, 2006.
ADORNO, Theodor W. Indústria cultural. São Paulo: Editora Unesp, 2020.
ADORNO, Theodor W. As estrelas descem à terra. A coluna de astrologia do Los Angeles Times. Um estudo sobre superstição secundária. São Paulo: Editora Unesp, 2008.
ADORNO, Theodor W. Minima Moralia: reflexões a partir da vida lesada. Rio de Janeiro: Beco do Azougue, 2008.
ADORNO, Theodor W. Educação e emancipação. São Paulo: Paz e Terra, 2006.
ADORNO, Theodor W. “Scientific experiences of a European scholar in America”. In: FLEMING, Donald; BAILYN, Bernard. (eds.). The intellectual migration: Europe and America, 1930-1960. Massachusetts: Harvard University Press, 1969.
BENJAMIN, Walter. Reflexões sobre a criança, o brinquedo e a educação. São Paulo: Duas Cidades, Ed. 34, 2004.
BENJAMIN, Walter. Imagens de pensamento/Sobre o haxixe e outras drogas. Belo Horizonte: Editora Autêntica, 2015.
BENJAMIN, Walter. A obra de arte na época de sua reprodutibilidade técnica. Porto Alegre: Zouk, 2012.
HORKHEIMER, Max. “Art and mass culture”. In: Critical Theory. Selected Essays. Max Horkheimer. New York: Continuum, 2002.
MARCUSE, Herbert. “Comentários para uma redefinição de cultura”. In: Cultura e Sociedade. Vol. 1. São Paulo: Paz e Terra, 2006.
Ao contrário do que se costuma pensar, o conceito de “indústria cultural” não é uma espécie de adjetivo, criado para qualificar (ou desqualificar) os bens culturais sob o capitalismo. Além de um conceito complexo, “indústria cultural” também foi uma espécie de programa de pesquisa de Adorno – resultante de seu debate com Horkheimer, Marcuse e Benjamin – e que englobava a análise do capitalismo enquanto uma forma de vida: o cinema, o rádio, os esportes, os best sellers, a família, o trabalho e também os múltiplos aspectos da vida cotidiana e subjetiva. Por isso, indico ensaios importantes que estiveram na base desse debate, mas também desdobramentos posteriores. Adorno buscou atualizar as reflexões a respeito desse assunto até o final da sua vida e os desdobramentos da sociedade capitalista atual – a sociedade digital e das redes – nos desafia a continuar repensando essa temática. Junto com textos que debatem “indústria cultural”, indico também o livro Minima Moralia, cuja “crítica da vida danificada” é um exemplo de sociologia da sociabilidade e da subjetivação.
Psicanálise e sociedade
A relação entre teoria social e psicanálise é um tema complexo na teoria crítica. Em linhas gerais, vale dizer que seus autores sempre enxergaram em Freud um crítico da sociedade e não só um autor preocupado com questões psíquicas individuais. O recurso à psicanálise, no entanto, não se resume a mero expediente de compreensão de elementos individuais na análise sociológica. Conforme destacou Sérgio Paulo Rouanet, cujo livro é um excelente comentário sobre esse assunto, trata-se de uma complementaridade entre ambas as abordagens, uma vez que “a formação do indivíduo através da cultura e a reprodução da cultura através do indivíduo fazem parte do mesmo movimento. Movimento pelo qual o indivíduo se apropria da cultura, através do processo de socialização, transformando-se, stricto-sensu, num indivíduo e pelo qual a cultura se perpetua, reproduzindo-se, geração após geração, nas consciências individuais. Por isso a linguagem do Todo – a Sociologia – e a do particular – a Psicanálise – são mutuamente traduzíveis”[6]. Abaixo selecionei alguns textos que podem ajudar a compreender como a teoria crítica mobiliza a psicanálise em suas análises da sociedade e não apenas na sua compreensão do fascismo.
ADORNO, Theodor W. “Sobre a relação entre sociologia e psicologia”. In: Ensaios sobre Psicologia Social e Psicanálise. São Paulo: Editora Unesp, 2011.
ADORNO, Theodor W. “Tabus sexuais e direito hoje”. In: Ensaios sobre psicologia social e psicanálise. São Paulo: Editora Unesp, 2011.
ADORNO, Theodor W. “O conceito de inconsciente na doutrina transcendental da alma”. In: Primeiros escritos filosóficos. São Paulo: Editora Unesp, 2018.
FROMM, Erich. Análise do Homem. Rio de Janeiro: Zahar, 1978.
HORKHEIMER, Max. “História e psicologia”. In: Teoria Crítica. Uma documentação. Tomo 1. São Paulo: Perspectiva, 2012.
MARCUSE, Herbert. Eros e Civilização. Rio de Janeiro: LTC editora, 1999.
MARCUSE, Herbert. “A obsolescência da psicanálise”. In: Cultura e Sociedade. Vol. 2. São Paulo: Paz e Terra, 1998.
Teoria Social e crítica ao positivismo
Uma das grandes tarefas auto impostas por Marx havia sido a crítica do idealismo alemão – crítica essa que a teoria crítica pensava ser necessário levar a cabo também. No entanto, um dos traços mais fortes da Escola de Frankfurt foi a oposição ao outro lado do idealismo: o positivismo em suas múltiplas formas. Numa entrevista a uma emissora de televisão na década de 1960, Adorno deu uma declaração escandalosa para os tempos atuais: disse que não via diferença entre a arte, a música, a literatura, a filosofia e a sociologia. As reflexões a respeito da teoria social desses autores são bastante interessantes para compreender que se trata sobretudo de um pensamento crítico sensivelmente orientado, que recusa como problemáticas as separações e regras das ciências especializadas. Nem por isso, no entanto, deixaram de refletir sobre as obras de Weber, Durkheim, Parsons e de dialogar com outros autores, como Ralf Dahrendorf. Os textos selecionados visam constituir uma primeira entrada num debate que é simultaneamente talvez todo o debate da teoria crítica.
ADORNO, Theodor W. “Introdução à controvérsia sobre o positivismo na Sociologia alemã”. In: Textos Escolhidos. Max Horkheimer, Theodor W. Adorno São Paulo: Nova Cultural, 1991. (Os pensadores).
ADORNO, Theodor W. Introdução à sociologia. São Paulo: Editora Unesp, 2008.
HORKHEIMER, Max. “Do problema da previsão nas ciências sociais”. In: Teoria Crítica. Uma documentação. Tomo 1. São Paulo: Perspectiva, 2012.
HORKHEIMER, Max. “Sobre o problema da verdade”. In: Teoria Crítica. Uma documentação. Tomo 1. São Paulo: Perspectiva, 2012.
HORKHEIMER, Max. “Filosofia e teoria crítica”. In: Textos Escolhidos. Max Horkheimer, Theodor W. Adorno. São Paulo: Nova Cultural, 1991. (Os pensadores).
HORKHEIMER, Max. Eclipse da razão. São Paulo: Editora Unesp, 2015.
MARCUSE, Herbert. “Industrialização e capitalismo na obra de Max Weber”. In: Cultura e Sociedade. Vol. 2. São Paulo: Paz e Terra, 1998.
MARCUSE, Herbert. Razão e Revolução: Hegel e o advento da teoria social. São Paulo: Paz e Terra, 2004.
Diálogo Crítico com os movimentos de 68
Marcuse foi um dos grandes inspiradores dos movimentos que surgiram na década de 1960 nos Estados Unidos. Seu livro O Homem Unidimensional tornou-se um best-seller nesse período. Adorno também foi uma figura fundamental para os movimentos de contestação do status quo na Alemanha, mas acabou entrando, por uma série de razões, em rota de colisão com as e os estudantes. Adorno morreu em 1969, mas Marcuse continuou refletindo sobre as questões impostas pela década de 1960: ecologia, feminismo, etc. Abaixo selecionei alguns textos de intervenção política desses autores, bem como sua correspondência, marcada por algumas divergências. Esse debate reúne questões que até hoje estão sendo debatidas dentro e fora dos ambientes acadêmicos.
ADORNO, Theodor W. “Resignação”. Cadernos de Filosofia Alemã, v. 23, 2018.
ADORNO, Theodor W. “Notas marginais sobre teoria e práxis”. In: Palavras e sinais: modelos críticos 2. Petrópolis: Vozes, 1995.
MARCUSE, Herbert. “Para a crítica do hedonismo”. In: Cultura e Sociedade. Vol. 1. São Paulo: Paz e Terra, 2006.
MARCUSE, Herbert. “Marxismo e feminismo”. Dissonância: Revista De Teoria Crítica, 2(1.2), 77-90, 2019. In: https://www.ifch.unicamp.br/ojs/index.php/teoriacritica/article/view/3413
MARCUSE, Herbert. O fracasso da Nova Esquerda? Dissonância: Revista De Teoria Crítica, 2 (1.2), pp. 175-189, 2019. In: https://www.ifch.unicamp.br/ojs/index.php/teoriacritica/article/view/3411
MARCUSE, Herbert. Contra-revolução e revolta. Editora Zahar: Rio de Janeiro, 1981.
MARCUSE, Herbert. “Ecologia e crítica da sociedade moderna”. Dissonância: Revista De Teoria Crítica, 2 (1.2), pp. 190-203, 2019. In: https://www.ifch.unicamp.br/ojs/index.php/teoriacritica/article/view/3412
MARCUSE, Herbert. “Correspondência”. In: LOUREIRO, Isabel (org.). A grande recusa hoje. Petrópolis: Vozes, 1999. (Nesse livro consta a correspondência entre Adorno e Marcuse. Vale observar, entretanto, que essa não é a correspondência completa, nunca nem publicada em alemão, mas uma seleção das cartas sobre o debate).
Boa leitura!
Notas:
[1] Mann, Thomas. A montanha mágica. São Paulo: Nova Fronteira, 2006, p. 93.
[2] Esses três livros, importantes para uma visão geral da história do Instituto, não substituem o enfrentamento dos textos originais. Uma questão importante no âmbito da teoria crítica é que não é indicada a utilização de manuais que oferecem leituras de segunda mão. Por mais difíceis que os textos pareçam à primeira vista, melhor começar por eles.
[3] WIGGERSHAUS, Rolf. A Escola de Frankfurt: história, desenvolvimento teórico, significação política. Rio de Janeiro: DIFEL, 2006, p.294
[4] Esses grupos destacam-se não apenas pela produção dos autores associados a eles, mas também pelo debate que proporcionaram por meio das revistas EXIT! – Kritik und Krise der Warengesellschaft e PROKLA. Zeitschrift für kritische Sozialwissenschaft.
[5] Sohn-Rethel não foi um membro propriamente dito do instituto, mas foi um colaborador importante. Esse livro exerceu uma grande influência na escrita da Dialética do esclarecimento.
[6] ROUANET, Sérgio Paulo. Teoria Crítica e psicanálise. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2001, p. 120.
Para citar este post
TORRE, Bruna. As Leituras Elementares da Vida Acadêmica – A Teoria Crítica da Escola de Frankfurt. Blog do Sociofilo, 2020. [publicado em 06 abril de 2020]. Disponível em: https://blogdolabemus.com/2020/04/06/as-leituras-elementares-da-vida-academica-a-teoria-critica-da-escola-de-frankfurt-por-bruna-della-torre/
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