Breve introdução ao projeto
O Imersiva é o novo podcast de divulgação científica do Labemus. Preocupado em explorar o “como fazer” das Ciências Humanas e Sociais, o podcast se direciona a estudantes e a pesquisadoras, bem como ao público em geral.
Para as cientistas, o “como fazer” pode estar relacionado àquilo que somos ensinadas nas aulas de métodos da graduação e da pós-graduação, além de nossas próprias experiências de pesquisa. Levando isso em consideração, ao recolher relatos de pesquisas sociais bem sucedidas, o Imersiva busca estender repertórios de referência. Para isso, na primeira temporada, iremos entrevistar recém mestras e doutoras cujos métodos de pesquisa se basearam em técnicas de análise documental ou de acervo, as etnografias multi situadas, as entrevistas em profundidade, etc. A ideia é que todas possamos beber dessa água, mesmo que como mera inspiração. Isso porque entendemos que a escuta de experiências de outras pesquisadoras pode ter um papel importante no desenvolvimento de novos projetos.
Entretanto, quando falamos do interesse do público em geral, esse está associado a dois fatores. De um lado, há uma diversidade de segmentos sociais interessados em entender as discussões travadas por cientistas humanos e sociais. Por outro lado, ainda surgem dúvidas relativas, até mesmo, à “validade” dessas ciências. Por isso, o crescente número de projetos de extensão e divulgação científica tornam-se centrais. Nesse sentido, o Imersiva também se engaja em publicizar esforços metodológicos a esse público, sejam qualitativos ou quantitativos. Tal interlocução pode ser importante para um melhor diálogo entre a universidade e diversos outros segmentos, como, por exemplo, a mídia, o Estado e a indústria. Para isso, damos especial atenção à dimensão comunicativa, costurando novas formas de diálogo, a fim de evidenciarmos o papel de destaque que as Ciências Humanas e Sociais desempenham em nossas vidas.
Terceiro episódio
No terceiro episódio do projeto, Barbara Grillo entrevista Everton Rangel, antropólogo, cuja tese defendida em 2020 busca examinar os tecidos relacionais de homens condenados por estupro na cidade do Rio de Janeiro. Na conversa, Rangel nos conta aspectos de seu trabalhos de campo, bem como questionamentos que vivenciou enquanto elaborava a pesquisa.
A tese de Everton pode ser facilmente encontrada por este link.
A imagem utilizada para ilustrar esse post é de George Campos/Imagens USP
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